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Decepção: O que você pode fazer para atenuar a sua dor?

Você se decepcionou? Está doendo? Vamos lá, me dê a sua mão. Vamos tratar disso! Por: Rosana


A decepção é um dos sentimentos mais amargos da experiência humana. De acordo com o dicionário, ela significa desilusão ou desengano. O termo vem do latim deceptio, que remete para a ideia de trapaça e dolo. Mas creio que ninguém sabe bem ao certo o que é decepção pela simples definição do dicionário. Só sabe o que ela realmente significa quem já a vivenciou, algo que, diga-se de passagem, não é nada agradável. O fato é que decepções fazem parte da experiência humana; são, de certa forma, inevitáveis. O desafio é encará-las, superá-las e prosseguir. Mas como?


A relação entre decepção e dor

Para mim, a palavra decepção está estritamente relacionada à dor! Decepções e dores andam de mãos dadas, não é mesmo? “Se eu pudesse, eu pegava a dor, colocava-a dentro de um envelope e a devolvia ao remetente!” Bem oportuna essa frase de Mario Quintana!


As decepções e as dores geram marcas. E, como em um pronto-socorro ou emergência, toda decepção ou dor precisa ser avaliada e tratada rapidamente. Quanto mais aguda a dor, mais urgente deve ser o socorro. Após o devido tratamento, ainda que haja alguma cicatriz, sabemos que o mal que poderia nos custar a vida e o bem-estar foi medicado e já não há intensidade, apenas a recordação de um incômodo que já foi superado. Com as decepções o procedimento deve ser o mesmo!


Lembro-me de quando operei o estômago, uma cirurgia invasiva e bastante delicada. Na ocasião, fiz uma operação bariátrica. Até hoje me emociono ao recordar as palavras que disse ao Dr. Sizenando: “Capricha, doutor, pois essa cicatriz será a marca da minha vitória!” Uau!

Trago à memória essa experiência sempre que me sinto decepcionada. Nessas circunstâncias, parece tão familiar aquela sensação de impotência, exposição e vulnerabilidade. Assim como em uma cirurgia, a decepção precisa de um longo processo de cicatrização que se dá de dentro para fora, camada a camada, até que, por fim, não dói mais, apenas nos lembra do processo e dos aprendizados.

“Assim como em uma cirurgia, a decepção precisa de um longo processo de cicatrização que se dá de dentro para fora, camada a camada, até que, por fim, não dói mais”


Para que a cicatrização ocorra é necessário repouso, medicação, curativos e afastamento de determinadas atividades, tudo isso regado pelo tempo, denominado “Tempo de recuperação”. Pois bem, para superar uma decepção essa receita também é válida!


Precisamos de repouso para as emoções, “remédios” e “curativos” para a mente — terapia, atividades de lazer, leituras inspirativas, companhia de amigos, conversas com quem a gente ama — afastamento do que nos causa dor, ... tempo de recuperação!


Engraçado... tenho a sensação de que estamos conectados... sinto-me, de fato, conversando com você!




Cicatrizes são frutos de cura!


Podemos superar a decepção e, ao término do processo, estar mais fortes, resilientes, sábios, provados e aprovados! Por meio dessa vivência, temos a possibilidade de tomar melhores decisões, ser mais prudentes e afastar tudo o que é prejudicial, inclusive pessoas negativas. A decepção também tem o poder de gerar uma visão mais empática, uma postura mais solidária, impulsionando-nos a manter conexões significativas. Ela abre espaço para o tão necessário perdão, um antídoto essencial para a completa cicatrização. Aliás, sem perdão a cicatrização não acontecerá de jeito nenhum.


“Sem perdão a cicatrização não acontecerá de jeito nenhum”.


Passos práticos

Algumas decepções ocorrem por expectativas irreais, por falta de maturidade e até pela carência de competências para análise de cenários, riscos e oportunidades. Para que você lide de modo apropriado com elas, compartilho alguns passos que podem ajudá-lo (a) em seu processo de cura.

1. Identifique quais dores você traz em suas emoções. Seja honesto (a) ao nomeá-las. Por exemplo: “Sinto-me decepcionado (a) porque meu chefe não me promoveu”, “Estou chateado (a) porque meu cônjuge me deixou”;

2. Entenda e especifique as causas e pessoas envolvidas;

3. Clarifique qual foi a sua parte nos fatos que tanto o (a) machucaram;

4. Estabeleça um plano de mudanças pessoais que sejam significativas;

5. Busque ajuda: converse com alguém de confiança, não leve o fardo sozinho (a).

6. Invista no atendimento de um profissional, como um terapeuta, psicólogo ou coache;

7. Inicie uma jornada cíclica, possível e contínua rumo ao futuro que deseja construir;

8. Mantenha ao seu lado pessoas que são “remédios” e “vitaminas” para o seu desenvolvimento;

9. Tenha como objetivo inegociável ter uma vida de qualidade;

10. Desenvolva parcerias e use sua experiência para inspirar outras pessoas;

11. Encare a “cicatriz” como demonstração clara de superação.

Antes de terminar, gostaria de dividir com você duas citações belíssimas, uma de Paulo Coelho e outra de Giulia Passagem, respectivamente:


“Quando alguém encontra seu caminho, precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.”


“As pessoas que mais gostamos são as que mais nos decepcionam, pois pensamos que são perfeitas e esquecemos que são humanas.”


Você se decepcionou? Está doendo? Vamos lá, me dê a sua mão. Vamos tratar disso! Respire fundo e comece o processo de cura sabendo que você não está só. Essa dor pode ser a precursora de uma grande vitória.


No que precisar, conte com a Cyclos. Queremos ajudá-lo (a) a iniciar uma nova etapa em sua jornada!


Rosana Sá

Formada em Administração de Empresas, pós-graduada em Marketing, pós-graduanda em Neurociência e Comportamento (PUCRS) e Certificada em Educação Virtual pelo Senac-SP, é professora universitária, conferencista, coach executiva e consultora empresarial. Sócia diretora da CYCLOS Consultoria, empresa dedicada a ações de desenvolvimento profissional e gerencial.

Minha missão de vida: Contribuir com excelência e amor para o desenvolvimento sustentável na vida e nos negócios das pessoas e das empresas. Rosana Sá

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