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#1 Família em home office: Um chamado a vencer desafios e a reinventar-se durante a quarentena

Atualizado: 4 de mai. de 2020

É tempo de conviver, superar barreiras, conectar-se às pessoas e conhecer a nós mesmos! Por: Rosana

Que o home office chegou para ficar já não é mais novidade para ninguém. Que as empresas estão avaliando em quais profissionais, áreas e funções esse sistema cai como uma luva também já tem sido falado. Que muitos estão otimistas pelo aumento da produtividade em alguns ramos também é realidade. Nas grandes cidades, muitos evidenciam os benefícios de economizar horas no trânsito. O home office é viável, tanto pela otimização dos espaços das empresas quanto pela flexibilidade que o modelo propõe. Tudo isso é facilitado pela atuação remota que já experimentamos ao usar as tecnologias digitais em rede.

Diante da contingência em torno do coronavírus, muitas mudanças aconteceram ao mesmo tempo. Nelas, se insere a urgente adequação ao home office por empresas que até então não o praticavam. De repente, famílias inteiras tiveram de organizar a rotina e trazer para casa o que só era possível fazer no ambiente organizacional. É de se esperar que muitos tenham achado estranho ou se sentido perdidos ao trabalhar com os familiares ao lado. Isso sem contar com os gastos adicionais com serviços de Internet, alimentação, produtos de limpeza e higienização. Mais tempo em casa, mais gastos!

O home office é viável, tanto pela otimização dos espaços das empresas quanto pela flexibilidade que o modelo propõe.

A casa continua sendo... casa!

A situação fica um tanto mais delicada para famílias que possuem crianças pequenas. Por um lado, benefícios incomparáveis ao estar perto dos pequeninos. Por outro, a necessidade de cuidado redobrado, já que os filhos também estão em período de quarentena. De vez em quando, eles aparecem nas câmeras dos notebooks ou celulares e roubam graciosamente a atenção das videoconferências, não é mesmo?


Ao fundo dos calls, não é raro escutar latidos, barulhos de tampas de panela e até aquele vizinho que gosta de um som alto. Tudo isso nos faz lembrar que a casa está em pleno funcionamento. Nos stories do Instagram ou do Facebook, pessoas compartilham sensações e impressões sobre esse tempo curioso e singular.


Quando a família conta com a presença cotidiana dos queridos idosos, sejam os pais, avós ou outros parentes, devemos nos lembrar daquele toque de carinho e compreensão fundamental. Por mais que estejamos trabalhando em casa, ali, logo no outro cômodo, não está o chefe ou o cliente, mas o vovô e a vovó.


E o que dizer dos casais? Abre-se espaço para colecionar novas e ricas experiências. Delícia ou terrível estarem juntos? Em meio ao estresse, é possível surgir vozes alteradas, caretas e pensamentos nada bons em relação às atitudes do outro. Por outro lado, desfrutamos de um tempo para comer uma comidinha caseira e valorizar o quão relevante é ter uma

família e um cantinho que chamamos de lar. Bom, né?


E, é claro, nesse mix não poderia faltar a organização da casa, um capítulo à parte! Certamente, em muitas famílias, a colaboração se manteve acesa; em outras, ficou como uma verdadeira desconhecida. Ufa! Quanta coisa acontecendo ao mesmo tempo!


"Ufa! Quanta coisa acontecendo ao mesmo tempo!"


Sentimentos à prova

Nesse novo e inusitado contexto, nossas emoções, oscilações e estabilidades se manifestam com frequência durante o isolamento social. Alguns estão com um cantinho todo arrumado, digno de ser compartilhado nas redes sociais; outros se limitam ao notebook no colo — o que não quer dizer que seja algo ruim.

E disciplina? O que falar desse quesito, já que muitos passaram a ter turnos de trabalho flexíveis? O que é melhor: cumprir o horário comercial ou varar a madrugada adentro? E o que dizer sobre a vaidade? Agora, já não é tão difícil ver rostinhos sem maquiagem exalando uma naturalidade gostosa e bem-vinda. De igual modo, há quem não liga o computador sem maquiagem, como eu na maior parte do tempo.


Falemos também acerca da produtividade. Há pessoas que precisam ir na contramão do ritmo da casa, para que possam render mais. Há uma infinidade de pais e mães que estão trabalhando durante a madrugada, quando os bebês, as crianças ou os adolescentes estão dormindo. É nesse contexto que ambos podem equilibrar as tarefas e colaborar para manter um ritmo saudável, em que há tempo para tudo, inclusive para dar atenção aos “filhotes”. Estamos aprendendo e reaprendendo. Quantas lições uma situação inusitada como a atual pode nos ensinar.


Uma nova equipe

É justamente nessa dinâmica que nossa família se torna uma equipe. Em minha casa, por exemplo, estamos em home office eu, meu marido e meus dois filhos, um rapaz e uma moça: cada um com seus compromissos. Algumas vezes, nos concentramos em um mesmo cômodo ou corremos para um lugar mais tranquilo; outras, rola um cafezinho que é distribuído para cada um. É aí que percebemos que, por mais difícil que seja, podemos desfrutar desse tempo com leveza, sem perder o profissionalismo. Apenas estamos em outro ambiente, com outra “equipe”. Aliás, uma equipe que conhecemos muitíssimo bem.


Assim, imersos na árdua dinâmica da quarentena, a cada nascer do sol somos desafiados a viver o hoje e a aguardar um amanhã melhor e mais promissor, com entusiasmo e novas estratégias para alcançar nossos objetivos. Sim, o momento é delicado e traz desafios que vão além da convivência. Confinadas conosco também estão inquietações e incertezas relacionadas ao futuro real dos empregos, dos salários, das oportunidades, dos parentes e amigos, das contas a pagar e da própria saúde. Num contexto de tristes notícias, precisamos ter cuidado para não sermos engolidos ou paralisados por elas.

Humanização

Nessa realidade, permita-me fazer uma pergunta: Como está o seu mundo? Como você está lidando com tudo isso? Que tal aproveitar o momento presente para conhecer a si mesmo (a), avaliar-se profundamente e conectar-se ao seu interior? O que acha de extrair dele todo potencial para conjugar competência com boa vontade, inteligência com sabedoria, firmeza com gentileza, seriedade com leveza, descontração com responsabilidade, amor intencional com atitudes práticas, assertividade com respeito, saúde física com saúde mental, encorajamento com verdade, diversidade com acolhimento, desenvolvimento com humildade, vulnerabilidade com garra? O que pensa de agregar à eficácia a indispensável humanização: o respeito a si mesmo e ao outro?


De fato, tantas coisas serão redefinidas a partir do que estamos vivenciando. É tempo de conviver! E, imbuídos de uma mente aberta e com uma vontade enorme de que todos estejamos mais fortes ao final da crise, sejamos generosos e receptivos à mudança. Ela é inevitável e, independentemente das circunstâncias, é um processo contínuo que nos faz crescer. Topa?


Rosana Sá

Formada em Administração de Empresas, pós-graduada em Marketing e Certificada em Educação Virtual pelo Senac-SP, é professora universitária, conferencista, coach executiva e consultora empresarial. Atualmente, é sócia diretora da CYCLOS, empresa dedicada a ações de desenvolvimento profissional e gerencial.

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