Entenda os efeitos da hiperconectividade nociva e saiba como superá-los. Por: Rosana Sá
Recentemente, deparei-me com o termo “infoxicação”, usado pelo físico espanhol Alfons Cornellá. Ele o empregou para designar o consumo excessivo, descuidado e desproporcional de informação. Todo extremo é perigoso, inclusive no que diz respeito à forma como lidamos com as notícias e a enxurrada de estímulos que recebemos pelas redes sociais. No mundo pós-moderno, em que veicular ideias e opiniões se tornou algo extremamente fácil, não podemos e nem devemos acreditar em tudo o que é divulgado por aí. Equilíbrio é palavra de ordem para não sermos “infoxicados!”
Será que estou “infoxicado”?
Se a infoxicação fosse um vírus, poderíamos dizer que ela contagia principalmente aqueles que passam muito tempo frente às telas de smartphones e notebooks. Seus sintomas mais comuns seriam dispersão, estresse e ansiedade. O “doente” passa a ler tudo superficialmente, pressionado pelo montante de inform
ação a conferir. Torna-se “anêmico de glóbulos analíticos e críticos”. Não mais se concentra. Capaz de multitarefas, passa a não executar nenhuma atividade. As principais queixas incluem sensação de incompetência, impotência, insegurança e baixa autoestima.
Assim — seguindo essa analogia — o infoxicado se torna um transmissor do “vírus”, propagando erros ou repassando mentiras. Sério, hein! O contágio pode se proliferar entre todos com quem troca informações, seja nas relações profissionais ou pessoais. Se ele desempenha função de liderança, as consequências podem ser catastróficas, já que pode gerar novos “epicentros de contágio”.
Em estágios elevados, a infoxicação provoca a perda da “paz de espírito” e da tão necessária serenidade. A cura precisa ser priorizada, já!
O que fazer?
Nesse caso, a atitude mais desafiadora é apertar o “off”, desconectar, permitir-se desligar. Feito isso, é necessário lidar com a ansiedade e conciliar outras atividades ao cotidiano, como o investimento em boas horas de conversas, atividades de lazer e ócio produtivo, um período para fazer “absolutamente nada”, tão importante para que o corpo e o cérebro se reconfigurem e adquiram novo vigor. Feito isso, também é importante ter em mente que:
1. Nem toda informação merece atenção. Escolha apenas o que é relevante para você.
2. Tão importante quanto estar on-line é estar off-line.
3. A quantidade de informação deve ser substituída por qualidade. Não alimente sua mente com o que é ruim!
4. Você não deve acreditar em tudo! Investir tempo para checar a origem das informações é um imperativo em nossos dias.
5. Ao perceber que sofre compulsão para estar conectado, é hora de corrigir a rota e buscar ajuda.
Des-infoxicar-se é possível! Faça isso e ajude outros a fazê-lo também. E, no que precisar, conte com as soluções da Cyclos para superar dificuldades e alcançar seu pleno potencial!
Rosana Sá
Formada em Administração de Empresas, pós-graduada em Marketing, pós-graduanda em Neurociência e Comportamento (PUCRS) e Certificada em Educação Virtual pelo Senac-SP, é professora universitária, conferencista, coach executiva e consultora empresarial. Sócia diretora da CYCLOS Consultoria, empresa dedicada a ações de desenvolvimento profissional e gerencial.
Minha missão de vida: Contribuir com excelência e amor para o desenvolvimento sustentável na vida e nos negócios das pessoas e das empresas. Rosana Sá
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